A Feira de Milão como é popularmente conhecida no Brasil ocorre um ano como “EuroCucina” e um ano como “Euroluce”, sendo elas duas das bienais mais importantes do mundo desde o ano de 1974 (EuroCucina) e 1976 (Euroluce). Trazem consigo inovação e solução tecnológicas e conceituais. A feira ocorre na Itália, na cidade de Milão, no “Salone del Mobile”, mas a cidade toda acaba sendo influenciada pela mostra. A principal igreja da cidade, o Duomo Di Milano acaba recebendo por muitas vezes um elemento conceitual, como uma cadeira de design, assim como diversos locais da cidade que ganham o aspecto de mostra ao ar livre.

(Fonte: https://www.igpdecaux.it/blog/our-say/igpdecaux-live-porta-il-brasile-alla-milano-design-week-2018/)
Esta tem sido uma das mostras que trazem inovação e inspiração ao escritório. A Arquiteta Thayane Santana frequenta as mostras desde o ano de 2012 e acredita que o impacto no estilo e na linguagem do escritório se dá muito por todo este contato com as referências internacionais mais atuais e mais conceituais do mundo da arquitetura e interiores.
A dinâmica da visita as mostras normalmente funciona da seguinte forma: 2 dias frequentando a feira (sendo o foco no pavilhão contemporâneo e com visitas mais rápidas aos pavilhões de outros estilos projetuais) e os demais dias andando principalmente pelo bairro de “Brera”, onde ocorrem diversos eventos culturais em muitas áreas, como um exemplo Louis Vuitton, Fendi, Giorgio Armani, que por vezes lançam móveis soltos, acessórios, tecidos, ou até mesmo lançam alguma tendência e servem de referência para projetos.
No ano de 2018, a feira trouxe tendências como:
– curvas e elementos arredondados principalmente em estofados e cabeceiras, muito uso de pedras naturais em paredes, mesas e bancadas;

(Fonte: Acervo pessoal)

(Fonte: Acervo pessoal)
– O uso de pendentes em repetição, de forma irregular fazendo um jogo de iluminação. Presença também de iluminação solta como abajures e luminárias de piso;

(Fonte: Acervo pessoal)

(Fonte: Acervo pessoal)
– A utilização de filetes de ouro ou material com estética similar em marcenaria ou revestimento como um detalhe;

(Fonte: Acervo pessoal)
– A presença da natureza como protagonista em paredes;

(Fonte: Acervo pessoal)
– Closets e armários mais contemporâneos, focados em um aspecto clean e apostando em iluminação, linhas retas e transparências, sejam elas com vidro simples ou vidro reflecta.

(Fonte: Acervo pessoal)
– O uso de boiseries de forma desconstruída traz consigo um conceito de inovação em elementos clássicos, utilizando-os em ambientes contemporâneos.

(Fonte: Acervo pessoal)
– As pinturas geométricas em algumas paredes são um diferencial no momento de revestir as paredes, trazendo até mesmo um aspecto por vezes mais volumétrico a uma superfície em 2D. A tendência geométrica também aparece em revestimentos de estofados.

(Fonte: Acervo pessoal)
– O “mix de tecidos” tanto em revestimentos de sofás, em jogos de cama e em composição de tapetes. A mistura de elementos opostos, diferentes e por vezes inusitados é uma tendência forte nesta feira, saindo do óbvio no que se trata de composição em tecidos.

(Fonte: Acervo pessoal)
– O tecido mais utilizado nesta mostra sem sombra de dúvidas é o veludo que muitas vezes vem misturado com outros tecidos, principalmente com o linho.

(Fonte: Acervo pessoal)